domingo, 30 de dezembro de 2018

2018 o ano do primeiro titulo

Os trabalhos da criação em 2018 do carinho no manejo da criação ao reconhecimento do título. Canaril Corrêa - A casa do timbrado espanhol CAMPEÃO!

https://youtu.be/DjOJZOfV6Uw

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Os canários de Midway

Retirado do blog TIMBRADOS PANAMA
Do timbradista Ernesto Ramos.
http://timbradospanama.blogspot.com/2017/06/los-canarios-de-midway.html?m=1

Os canários de Midway

Daniel Morrison, que foi o superintendente ou gerente operacional da ilha nos anos de 1906 a 1921 adquiriu um casal de canários do S.S. Sibéria no porto de Honolulu e levou os passaros para Midway. Lá ele soltou os canarios para reproduzir em janeiro de 1910. O casal reproduziu 11 filhotes que foram mantidos em gaiolas até julho. Morrison adquiriu um outro casal de canários e após isto llibertou todos os 15. No início, os filhotes, todos de plumagem amarelo pálida, retornavam ao entardecer para ficar em suas gaiolas, mas depois de um tempo eles se acostumaram com sua nova liberdade concedida.

Esses canários começaram a nidificar em dezembro. Um casal aninhado em uma pequena árvore (casuarina) criou três filhotes nascidos aparentemente saudáveis, mas morreram poucos dias mais tarde, em uma noite de ventos fortes e temperaturas baixas.
                           Casuarina equisetifolia

Tempos depois as Canárias já tinham confeccionado vários ninhos que abrigaram um grande número de filhotes. Estes filhotes frequentemente visitavam as áreas de alimentação, dispostas em diversos pontos da pequena ilha. 

Pouco tempo depois, haviam várias familias que somavam cerca de 60 exemplares. 


Alguns desses exemplares foram soltos em outras ilhas próximas, mas sobreviveram por apenas algumas semanas.

Em 1922 a população de canários em Midway tinha ultrapassado os mil exemplares. A população manteve-se estável até 1945, quando sofreu um declínio considerável reduzindo a apenas 30 passáros devido à ratos que foram introduzidos inadvertidamente na ilha. Esta praga não só afetou os canários, mas também outras espécies de pássaros e o frágil ecossistema do local. No entanto, alguns canários sobreviveram graças à presença de casuarinas (Casuarina equisetifolia - uma árvore do Pacífico, também introduzida na a ilha e que se parece com o pinheiro canário). As casuarinas, utilizadas como quebra-vento na ilha e já desenvolvidas há uma certa altura, permitiram que o ninho das canárias fossem feitos fora do alcance dos ratos e, assim, sobreviveram.


Em 1978 todos os ratos já tinham sido eliminados e assim a população de canários voltou a crescer, sendo contados em 572 em 1999 e até 2500 exemplares em 2001.

Em 2011 ocorreu um tsunami no atol que matou centenas de milhares de aves marinhas (mais de 110.000). Na época foram contados 675 canários,  mantendo-se estável o número de individuos até o momento.

A população média de canários após mais de 100 anos de sobrevivência e obtida a partir de algumas exemplares criados em cativeiro é o único bem sucedido caso reintrodução de canário (Serinus Canaria) em outros ecossistemas.

A introdução nas Bermudas teve um sucesso parcial por vários anos, mas fracassou quando as florestas de cedro da ilha foram desmatadas.

O sucesso de sobrevida livre de canários de Midway foi cristalizado por vários factores críticos: a eliminação de predadores, a oferta de alimentos em várias áreas das ilhas, a introdução de outras espécies como a Casuarina, clima estável ao longo do ano e o empenho dos habitantes em apoiar e preservar o canário como um dos representantes emblemáticos das aves da ilha.

Outra observação importante é que, apesar de terem passado mais de 100 anos, os canários de Midway ainda retêm principalmente sua cor amarela pálida.
                          Canário de Miqway



sábado, 24 de março de 2018

Meus timbrados especiais

Hoje pela manha me peguei conversando com minha esposa sobre como somos especiais para Deus e como ele nos ama, mesmo sendo tão imperfeitos e pecadores. Para Deus não temos distinção entre ricos e pobres, bonitos e feios, negros ou amarelos. Todos somos amados do mesmo jeito.
Pensando assim comecei a refletir sobre os meus timbrados. Houve um dia que fui perguntado sobre ter canários disponíveis para venda e na oportunidade me referi a um exemplar  com uma pequena deficiência adquirida durante a criação pelos pais no ninho. Foi imediata a negação por adquirir o exemplar, mesmo tendo boas qualidades. Daí passei a não mais disponibilizar os canários especiais, pois percebi a indiferença naquele dia.
Curiosamente estes canários parecem perceber estes defeitos e acabam superando os outros em muita coisa: na cria, no canto, na saúde etc.
Aqui no Canaril Corrêa três canários adquiriram deficiências neste ano. Talvez por ter sido o ano em que mais criei filhotes e não pude me dedicar na observação das ninhadas com tanta atenção.
O primeiro deles dei o nome de Azote. O Azote ficou com a asa caída, eu acho que foi pela forma  como ele ficou no ninho, sempre deitado de lado. Ele é macho e já apresenta boas qualidades do canto floreado. O segundo timbrado é uma fêmea. Dei a ela o nome de Aleijadinha, pois tive que amputar a perna na altura da coxa. Ela teve um acidente na gaiola e perdeu a perna. É uma canaria de uma das melhores linhagens que tenho. O terceiro exemplar também é uma macho. O nome dele é Landinho. O Landinho foi abandonado no viveiro ao cair do ninho e peguei para criar. Durante o período que ficou no chão, por algum motivo infeccionou um dos dedos da pata direita e tive que fazer a amputação da primeira falange.
Todos se recuperaram e vivem bem. Talvez até levo os machos para competir no campeonato brasileiro. Landinho e Azote os meus timbrados especiais de canto Floreado. Aleijadinha uma fêmeas muito linda e especial que eu amo muito.


                                           Azote



                                          Aleijadinha


segunda-feira, 5 de março de 2018

CB - Itatiba 2018

O 67° Campeonato brasileiro de ornitologia amadora do Brasil já tem data definida e nós estaremos lá apresentando o canário de canto timbrado espanhol.

Canaril Corrêa - A casa do timbrado espanhol.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Automação do Canaril Corrêa

Em 2016 resolvi mudar de residência e procurar uma casa onde pudesse ampliar e profissionalizar um pouco mais a minha criação de timbrados. Com a mudança, defini minha estratégia de criação.
Construí o viveiro externo para filhotes e matrizes nas fazes de muda e descanso e também separei o ambiente do canaril para o manejo de exemplares durante o período de cria e preparação de filhotes durante o treinamento de canto.

                                          Repasse de canto no viveiro externo

                                          Repasse de canto no canaril

Com a instalação dos pássaros no novo canaril percebi a necessidade de melhorias no ambiente de criação, visto que o canaril recebia pouca iluminação solar.
Com a entrada do período de cria em julho de 2017 procurei um amigo que trabalha com projetos de automação e falamos sobre o assunto. O Guilherme também é criador e entendeu bem a minha ideia.
Após conversarmos demos início ao projeto de automação do Canaril Corrêa.  O que eu queria era controlar a ventilação, de forma a realizar uma boa troca de ar e que mantivesse o ambiente sempre agradável. Para isto comprei e instalei um exaustor de ar com capacidade adequada ao meu ambiente. Outro propósito meu era controlar a iluminação, garantindo a claridade de até 14h por dia, para que os filhotes fossem bem alimentados antes do anoitecer. Para a iluminação foi planejado a instalação de fitas de led, que dão o efeito de amanhecer quando ligadas e entardecer quando são desligadas. Tudo programado na central para acontecer de forma automática e o mais natural possível.
Por último também especifiquei a central para controlar a umidade do ambiente, visto que em determinadas épocas do ano o clima fica muito seco. Principalmente no período de cria, quando a umidade controlada favorece a eclosão dos ovos.
Também resolvi deixar uma saída para ligar o aparelho de som e um interruptor para a lâmpada de visita.
Com a especificação da central o Guilherme montou e instalou o equipamento no meu canaril.
Funcionando já há algum tempo, estou bem mais tranquilo agora.
A automação do meu canaril, facilitou o manejo e melhorou a qualidade de vida dos pássaros.
Funcionamento da central:
Som: liga às 06:00 e desliga às 20:00.
Iluminação (LEDs): liga em 10% às 15:00, atingindo 100% às 15:30 e desligada gradativamente a partir de 19:30, finalizando em 100% às 20:00.
Exaustor: funciona entre 01 e 23h, funcionando 30 minutos a cada hora.
Umidificador: A central monitora a umidade no canaril e mantem o ambiente entre 60 e 65% de umidade. O umidificador é ligado sempre que a umidade está abaixo de 60%.
Todas estas programações são informadas no painel, além da hora certa e data.

                                          Guilherme apresentando a central instalada.







                                                 

Espero que tenham gostado. Saudações timbradistas!

sábado, 20 de janeiro de 2018

TIMBRADOS ASSILVESTRADOS

Nesta primeira postagem de 2018 quero compartilhar com vocês uma experiência muito legal no meu Canaril (Canaril Corrêa).
Aqueles que me seguem sabem que a minha grande paixão pelos canários vai além de criar em gaiolas.
Tenho um grande prazer ao ver estes pássaros voando em espaços maiores. Sempre quis proporcionar a eles ambientes espaçosos e o mais natural possível.
Foi pensando assim que construí um viveiro bem grande aqui em casa e neste viveiro soltei alguns exemplares. Pensei no viveiro para uma experiência de rusticidade e qualidade de vida para os timbrados e os resultados foram além das expectativas. Ao longo de dois anos no viveiro vi uma evolução muito interessante. Os canários me parecem mais fortes, alegres, com um instinto bem mais aguçado e o tempo todo em atividade. Mesmo em um ambiente com possibilidade de sol forte, chuva e correntes de ar, não adoecem e se protegem perfeitamente das intempéries. Já há bem tempo deixei de tratar meus canários com medicamentos químicos. Se apresentam alguma enfermidade deixo a natureza cuidar e assim prevalecem apenas os mais fortes. Se curam vão adquirindo sua resistência. Minhas perdas são quase zero. Em dois anos de
viveiro perdi apenas uns três adultos. Estou hoje com uns quarenta exemplares no viveiro. É a maior festa. Talvez algum criador profissional possa questionar e criticar minhas ideias, mas crio apenas pelo prazer de vê-los voando e cantando naturalmente. Todo o meu trabalho com a criação eu minimizo. No canaril tudo que é possível automatizar eu fiz. No viveiro eles vivem "livres" e por lá deixo tudo o mais natural possível.
Mas nem tudo é alegria. A natalidade de filhotes no viveiro é menor é o desenvolvimento deles é completamente diferente. A diferença começa na choca. Não temos qualquer controle de dia que começam a chocar e não é possível ficar substituindo ovos. Chocam naturalmente e só sobrevivem os mais fortes. A média de sobrevivência é de apenas dois filhotes por cria e muitas vezes apenas um filhote. E não é somente isto, os filhotes demoram muito mais para emancipar. Em até 50 dias do nascimento. Mesmo já comendo sozinho ficam atrás do pai e se alimentando com ele. Demoram muito a crescer. Ao atingirem a independência adquirem  um padrão diferente do que conhecemos. Ficam menores, muito ariscos, olhos alertas e "esbugalhados". Se camuflam perfeitamente entre os arbustos e galhos secos e quando no ninho ficam em silêncio total ao entramos no viveiro. Outro ponto muito incomum quando comparamos com os canários criados em gaiola é que quando mexemos com o ninho eles saem e não voltam e nem ficam mais nele. Se tentamos colocá-los novamente, eles saem assim que nos afastamos.
Nesta temporada de 2017, escaparam uns 10 nascidos no viveiro. Todos verdes. A estes estou chamando de timbrados assilvestrados. É uma nova geração de timbrados no meu Canaril. Nascidos em viveiro grande e que não conhecem gaiola. Desta nova geração reproduzirei com eles soltos no viveiro e quero acompanhar sua evolução em ambiente assim.

O projeto inicial do viveiro era servir como voadeira para filhotes nascidos no canaril e local de descanso aos adultos. Para isto está me servindo muito bem. Este ano anilhei uns 60 canários e entre filhotes e adultos devem ter uns 40 pássaros no viveiro, sendo a maioria deles filhotes.

A unica coisa que ainda não percebi foi mudança na alimentação. Continuo fornecendo sementes e extrusada e eles mantem a alimentação destes dois alimentos com preferência para as sementes. Também se alimentam de frutas verduras e legumes fornecidos. Gostam também de se alimentarem de folhas das plantas no viveiro (folhas de goiaba, amora, mamão, romã entre outras). Ainda não percebi se estão se alimentando de insetos ou larvas, apesar de gostarem de se alimentar no chão e de fazerem muito isto quando chove ou quando rego as plantas.

Acho que ainda é cedo para falar sobre os resultados de rusticidade, mas as poucas perdas vão mostrando ser um mito dizer que canários domésticos não podem ficar expostos em ambientes abertos e em contato com a terra. A verdade é que me parecem muito resistentes e sabem se proteger muito bem das intempéries. E são muito mais resistentes a doenças do que pensamos. Sinto que não é o ambiente, mas a condição e qualidade de vida que definem a sua saúde. Em uma gaiola pequena não podem se se proteger. Em gaiolas fica difícil buscar abrigo quando expostos a condições agressivas.

Penso que em breve, talvez não crie mais em gaiolas, mas apenas em viveiros.












Luciano D.Corrêa
Canaril Corrêa